domingo, 6 de maio de 2012

TRABALHO COM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA - NÃO HÁ DINHEIRO QUE PAGUE

No dia 05/05/2012 tive o imenso prazer de retornar e rever pessoas mais que especiais em minha vida, pessoas com quem pude crescer interiormente, que amam sem restrição, que recebem a qualquer pessoa sem nenhum julgamento.
Na Instituição Conviver é desenvolvido um trabalho com jovens e adultos que possuem deficiência intelectual, e durante dois anos e meio aproximadamente realizei um trabalho juntamente com um grupo de voluntariados, onde através do teatro levamos alegria a muitas pessoas, e comprovamos que essas pessoas são realmente ESPECIAIS.
Cada minuto ao lado deles era uma descoberta, cada gesto de carinho, cada sorriso, cada aprendizado me deixava ainda mais com a certeza de que o trabalho com pessoas com deficiência é o caminho que pretendo seguir futuramente, um trabalho que me dá prazer de fazer, e que além de dinheiro me proporcionaria um imenso bem estar.
E nessa data 05/05/2012, não teve nada mais emocionante do que rever toda a turma, e saber que você sempre será lembrada. Rever as coordenadoras Fernanda e Silvana, receber o abraço caloroso e agradecer sempre por todo o carinho; ver cada trabalho artesanal dos meus meninos e meninas e ver em cada olhar a alegria por terei feito aquilo; e sem sombra de dúvida ver a alegria deles ao contarem que receberão um salário para poderem comprar suas coisas. Não a dinheiro que pague por esses momentos únicos.
Isso tem me feito muita falta, estar ao lado de cada um trabalhando e vendo de perto cada progresso. Espero poder voltar a fazer o que mais gosto, trabalhar com pessoas com deficiência, e poder crescer e aprender junto com elas. Posso dizer que encontrei o meu caminho e, embora ainda não tenha conseguido atuar voltada para isso, não deixo de levar comigo tudo o que aprendi e aprendo com eles a cada encontro.
Hoje a única certeza que tenho é a de que jamais esquecerei dos meus meninos e meninas da Instituição Conviver, e sempre que possível estarei com eles para curtir cada segundo, e aprender cada vez mais.