Quando somos crianças costumamos ter sempre por perto a proteção dos nossos pais em qualquer lugar, em qualquer situação. Para as pessoas com necessidades especiais é muito comum ouvirmos falar no termo “redoma de vidro”, que pode ser explicado facilmente se pensarmos em uma borboleta trancada dentro de um vidro, que está louca para voar e encontrar o seu caminho.
Mas como será para nós, pessoas com necessidades especiais, sair e enfrentar esse mundo a fora? Será que seremos tratados como todas as outras pessoas? Teremos os nossos direitos respeitados? Receberemos ajuda quando necessitarmos?
São questões difíceis de ter uma resposta imediata, mas que muitas vezes precisam de um bom tempo para se pensar e dar a resposta correta. Se andarmos durante um mês por ruas de várias cidades e várias regiões encontraremos inúmeras irregularidades no que diz respeito ao direito da pessoa com necessidades especiais.
O transporte público está longe de ser um transporte ideal para se usar para qualquer pessoa, onde todos os dias vemos as pessoas sendo transportadas como se elas fossem animais, se espremendo e sendo empurradas de todos os lados, e sofrendo quedas pela irresponsabilidade de alguns motoristas. Uma pessoa com necessidades especiais tem na teoria o seu lugar reservado indicado com cores diferentes nos ônibus e no metro. E elas também não precisam ficar na fila para entrar. Mas, será que na prática isso funciona? Existem mesmo vagões especiais?
E como será que nós pessoas com necessidades especiais nos sentimos quando temos que realizar determinadas atividades e para isso precisamos da ajuda do outro? Será que depender do outro para algumas atividades corriqueiras é uma situação confortável?
Imagine que você foi a um restaurante com seus colegas de serviço e como você tem mobilidade reduzida em um dos braços vai precisar pedir ajuda a um deles para se servir, e eventualmente te ajudar a cortar algum alimento. Para algumas pessoas não há nada de errado em pedir ajuda a um colega mesmo que você não tenha muita intimidade com ele, mas para outras pessoas isso pode ser uma situação extremamente desconfortável, pois de todos você é o único que não consegue se virar sozinho. Tudo é uma questão de ponto de vista, de aceitar os próprios limites, e de perder o medo de se mostrar da forma que se é. Por que temos medo de assumir que temos limitações? Por que temos tanto medo de admitir que precisamos da ajuda do outro?
Essas são questões para que todos reflitam e tirem suas próprias conclusões, afinal essa é a idéia do projeto, fazer com que os leitores reflitam sobre os meios de inclusão e levem para vários ambientes essa bela discussão chamada de: “INCLUSÃO SOCIAL”.
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