quinta-feira, 5 de maio de 2011

SÓ POR HOJE

O relógio desperta as 6:30 da manhã, dia frio, chuvoso, mas como todos os dias da semana é hora de encarar a cidade. Tudo parece normal como todos os dias anteriores, mochila arrumada, tudo preparado para mais um dia de muita correria.
Não há a necessidade de se pegar ônibus, para chegar ao destino basta apenas utilizar o metrô. Teoricamente não haveriam grandes problemas, mas a super lotação e a falta de educação de algumas pessoas, são fatores decisivos para grandes problemas. Sentar? Impossível, mesmo tendo um lugar reservado, já que a quantidade de pessoas vai além do que se comporta.
Uma viagem um tanto quando desgastante para se chegar ao serviço as 7:50 da manhã, mas enfim foi possível chegar.
A rotina de trabalho é puxada, com muitas cobranças e metas a serem cumpridas. Às 17:30 é hora de voltar para casa, e o que deveria ser algo de alívio acaba sendo ainda mais stressante. Todos querem ir para casa, e cada um dá um jeito de entrar no metrô da sua maneira, empurrões, xingamentos e por ai vai.
Por fim ao entrar em casa ás 18:05 é um sinal de que aquele dia estava chegando ao final.
Mas é diante de uma rotina como essas, que é possivel pensar em como somos ou em como desejamos ser tratados. E será que paramos para pensar em como tratamos o outro?
É como diz a frase: NÃO FAÇA PARA O OUTRO AQUILO QUE VOCÊ NÃO GOSTARIA QUE FIZESSEM COM VOCÊ.
Como será que as pessoas com deficiência são tratadas em meio a uma rotina diária tão stressante? Será que os direitos que elas tem são respeitados? Lugar preferencial, prioridade na fila, atendimento preferencial. Todos esses direitos existem por lei, mas será que todos eles são seguidos a risca?
Realmente é uma questão para se pensar, porque para encarar uma rotina diária e ainda lidar com as limitações, tem que ter PEITO e muita, mais muita força de vontade.
Nunca pensei que fosse tão difícil lidar com todas essas barreiras, e sinceramente tem dias que me levanto da cama, olho no espelho e digo: SÓ POR HOJE, SOMENTE POR HOJE EU QUERIA TROCAR DE LUGAR COM UMA DESSAS PESSOAS QUE FAZEM DE CONTA QUE NÃO EXISTO, E APENAS OBSERVAR COMO ELA IRIA SE SENTIR NÃO SENDO VISTA PELA SOCIEDADE.

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